SÃO PAULO - O primeiro dia do julgamento do médico Conrad Murray, acusado de matar Michael Jackson, começou com uma gravação apresentada pela promotoria em que o cantor, em um momento de aparente delírio, demonstra preocupação com a turnê que realizaria no segundo semestre de 2009.
Reuters
Conrad Murray (dir.) e seu advogado; caso condenado, o médico pode pegar até quatro anos de prisão
Selecionado para reforçar o argumento de que Michael usava fortes medicamentos de uso controlado, prescritos por Murray, o áudio teria sido registrado em maio de 2009 no telefone do médico.
No trecho, é possível ouvir uma voz inebriada, atribuída ao artista, articulando a seguinte mensagem:
"Temos que ser fenomenais. Quando as pessoas deixarem o show, quando as pessoas deixarem o meu show, quero que falem 'Eu nunca vi nada igual em minha vida. Vá. Vá. Eu nunca vi nada como isso. Vá. É maravilhoso. Ele é o maior artista no planeta'. Vou pegar esse dinheiro, um milhão de crianças, hospital infantil, o maior do mundo, Hospital Infantil Michael Jackson".
De acordo com o promotor David Walgreen, a gravação prova que Conrad Murray estava ciente do estado mental e físico debilitado do cantor, e foi negligente em seu tratamento. A expectativa é que o julgamento dure no máximo cinco semanas.
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