Morreu nesta quarta-feira (22), aos 79 anos, Elizabeth Taylor, uma das maiores estrelas de cinema de todos os tempos.
Uma diva de olhos raros, cor de violeta, uma beleza que hipnotizava plateias no mundo todo. A última grande deusa de Hollywood tinha um jeito exuberante. A paixão pelas joias, uma vida atribulada, os sete maridos, os oito casamentos: tudo isso transformou Elizabeth Taylor em um mito.
A atriz nasceu na Grã-Bretanha, filha de pais americanos que decidiram voltar aos Estados Unidos quando começou a Segunda Guerra Mundial. A carreira no cinema começou bem cedo: aos 12 anos já era uma estrela.
Teve cinco indicações para o Oscar de melhor atriz. Um delas por “Gata em teto de zinco quente”, onde contracenou com Paul Newman. Mas foi com “Disque Butterfield 8” que ela ganhou a primeira estatueta ao interpretar uma prostituta.
O segundo Oscar veio com “Quem tem medo de Virginia Woolf”, em que interpretava uma mulher em crise no casamento.
Elizabeth Taylor foi a primeira atriz a assinar um contrato de US$ 1 milhão para fazer um filme: “Cleópatra”. No set de filmagem, conheceu Richard Burton, o grande amor da vida dela, com quem se casaria duas vezes.
Além de uma vida afetiva conturbada, ela enfrentou vícios e vários problemas de saúde. Em 2004, foi diagnosticada com insuficiência cardíaca congestiva, uma diminuição da capacidade do coração de bombear o sangue para o resto do corpo.
Os americanos têm uma expressão para definir pessoas como Elizabeth Taylor: dizem que elas são maiores que a vida. A atriz já seria uma grande estrela se mostrasse apenas talento e beleza, mas ela vai ser lembrada também pelo que fez fora das telas. Foi ativista de várias causas e a luta contra a Aids foi a mais marcante delas.
Liz Taylor criou uma fundação para arrecadar dinheiro depois que a doença levou o amigo Rock Hudson. Essa luta rendeu à atriz um Oscar por seu trabalho humanitário.
Amiga leal, ela defendeu publicamente Michael Jackson, quando ele foi acusado de pedofilia. O pop star chegou a escrever uma canção pra ela.
Elizabeth Taylor estava internada havia seis semanas. Morreu ao lado dos quatro filhos. Um deles declarou: “O mundo é um lugar melhor por causa de minha mãe. Seu espírito estará sempre conosco e o seu amor vai viver para sempre em nossos corações”.
Ainda não foram divulgados o local e a data do enterro.